No Halloween de 2013 fui passar 6 dias a Londres com um grupo de amigos. Estes dias foram muito bem aproveitados, pois conseguimos visitar os pontos turísticos mais relevantes e ainda tivemos bastante tempo para passear pelas ruas de Londres.
Como as viagens de metro/autocarro são bastante caras, tivemos o cuidado de escolher um hostel que ficasse na zona 1 e que tivesse bons acessos. Acabámos por escolher o Safestay em Elephant & Castle, que se revelou um hostel bastante agradável mas com um pequeno-almoço muito simples. Como fica relativamente perto da paragem de metro e de várias paragens de autocarro, considerámos uma excelente escolha.
Primeiro dia
Chegámos ao aeroporto de Stansted por volta das 8:30 da manhã, apanhámos o comboio para o centro de Londres e depois o metro para o nosso hostel. Depois de tratarmos das formalidades do check-in, apanhámos o metro para Trafalgar Square, uma enorme praça com um monumento no centro (Nelson’s Column guardada por 4 leões na base). Esta praça é o coração de Londres, rodeada por cinemas, teatros e museus, entre eles o National Gallery.
Aproveitámos para almoçar na zona e fomos visitar o National Gallery, de entrada gratuita. Demos uma voltinha muito rápida e praticamente só nos centrámos nos quadros de Monet, Van Gogh e Da Vinci.
Depois do museu seguimos a pé para Piccadilly Circus, onde convergem as 4 avenidas mais importantes da cidade, entre elas a Regent St., uma das principais ruas de compras. Toda esta área está sempre a abarrotar de turistas e vale a pena passar por aqui ao entardecer ou à noite para ver os outdoors localizados num dos prédios.
Aproveitámos para passear um pouco pela Regent St. e depois seguimos a pé para Leicester Square, “terra do cinema”, onde se encontra o Odeon Cinema, o maior cinema de Londres, local de muitas estreias de filmes bastante conhecidos, como Harry Potter, 007, Shrek, etc..
Em Leicester Square, também se encontra a M&M World Store, considerada a maior loja de doces do mundo. Fiquei completamente maravilhada com a loja; são 4 andares, repletos de M&Ms, atividades e diversos tipos de lembrancinhas. Perdemos algum tempo aqui, mas valeu bem a pena.
Depois de nos regalarmos e enchermos a barriguinha de chocolate, fomos procurar um quiosque que nos vendesse os bilhetes para o show “We Will Rock You”, um espetáculo imperdível. Esta é a zona ideal para comprar bilhetes para todo o tipo de espetáculos em Londres. Por todo o lado há vários quiosques que vendem os bilhetes a diferentes preços, pelo que vale a pena comparar bem os preços, pois em alguns casos o mesmo bilhete pode custar o dobro do que no quiosque imediatamente ao lado.
Depois de comprarmos os bilhetes, seguimos a pé para Covent Garden, uma zona muito popular em Londres. Aqui encontram-se várias lojas, restaurantes, cafés e o Covent Garden Market onde se vende de tudo (roupa, artesanato, joias, diversos tipos de lembranças, etc.). Em redor do mercado é muito habitual encontrar artistas de rua que animam as pessoas.
Ainda nesta zona encontra-se a Apple Store, uma loja enorme, com umas escadas lindíssimas totalmente em vidro e em espiral.
Depois de sairmos da Apple Store, ainda andámos um pouco pelo mercado e depois seguimos em direção ao rio, para os jardins Victoria Embankment. A partir daqui caminhámos ao longo da estrada em direção à ponte Hungerford, que fica relativamente perto do London Eye. No caminho passámos pela Shell Mex House onde se encontra o maior relógio de Londres e pelo Cleopatra’s Needle, um obelisco egípcio.
Atravessámos a ponte ferroviária e dirigimo-nos para o London Eye. Como comprámos antecipadamente os bilhetes pela net, ficando mais barato, tivemos de ir buscar os bilhetes definitivos a um edifício localizado em frente ao mesmo. Neste edifício ainda assistimos a um filme 4D, que apesar de curto é muito interessante. Depois do filme dirigimo-nos para o London Eye, uma das atrações mais procuradas especialmente pelas fantásticas vistas sobre a cidade. A volta completa demora cerca de 30 minutos, o que dá tempo suficiente para admirar a grandeza da cidade de Londres.
Como já eram horas de jantar aproveitámos para jantar num dos restaurantes que se encontrava por perto e depois apanhámos o metro em Waterloo para a zona de Leicester Square onde passámos praticamente todos os finais de dia. Como era noite de Halloween, as ruas e os pubs estavam decorados a rigor e apinhados de gente mascarada.
Em baixo fica o mapa do nosso percurso no primeiro dia.
A - Trafalgar Square
B - National Gallery
C - Picadilly Circus
D - Leicester Square
E - Covent Garden Market
F - Victoria Embankment
G - London Eye
Segundo dia
Acordámos bastante cedo e apanhámos o metro para a estação de Westminster. Mal saímos do metro demos logo com o Palácio/Parlamento de Westminster, um palácio londrino com mais de 1000 salas e onde se encontra a mais famosa das torres, a Torre do Relógio ou Elizabeth Tower com o seu famoso sino “Big Ben“.
Esta zona é fantástica e tem tanta coisa para ver e tirar fotos que acabámos por demorar mais tempo do que o previsto, pelo que não conseguimos ir a Downing Street nº10, onde fica a residência e escritório do Primeiro Ministro e que fazia parte dos planos.
Seguimos pela rua por trás do Parlamento e entrámos na St Margaret’s Church. Mesmo ao lado encontra-se a fantástica Abadia de Westminster, onde ocorrem as coroações dos monarcas do Reino Unido e onde decorreu o casamento do príncipe William e Kate em 2011. Optámos por não entrar na abadia pois o preço era muito elevado e a fila também era enorme. Seguimos um pouco pela mesma rua e encontrámos a Jewel Tower, uma Torre Medieval que pertencia ao antigo Parlamento e que foi construída para abrigar os tesouros do rei Edward III.
Como queríamos ver a cerimónia de Troca de Guardas no Palácio de Buckingham, que ocorria às 11:30 e já não era muito cedo para encontrarmos um bom lugar à frente, mudámos um pouco os planos e em vez de seguirmos primeiro para a Catedral de Westminster, junto à estação de metro Victoria, seguimos diretos para o Palácio de Buckingham, passando pelo St James’ Park, o mais antigo dos parques reais de Londres. Neste parque ainda nos divertimos um pouco com os esquilos, pois uma criança deu-nos amendoins para dar-mos aos esquilos e foi mesmo engraçado; eles trepavam pelas nossas pernas, andavam sempre à nossa roda, mas assim que obtinham o amendoim viravam costas e fugiam.
Quando chegámos junto do Palácio de Buckingham, já estava tudo cercado de gente à espera da cerimónia. Este palácio foi construído entre 1820 e 1837 e possui mais de 775 quartos, constituindo a residência oficial da rainha Isabel II. Durante o verão, os aposentos oficiais são abertos à visitação pública, mas no resto do ano estão fechados, pelo que apenas estávamos interessados no espetáculo de Troca de Guardas que estava prestes a começar. Esta cerimónia não ocorre todos os dias, pelo que é necessário consultar o calendário oficial para saber a que dias é que ocorre.
Confesso que estava bastante expectante em relação ao espetáculo, pois já tinha assistido à cerimónia de Troca de Guardas em Praga e tinha adorado. No entanto, tive uma desilusão, pois a cerimónia ficou muito aquém do que esperava. Mais tarde soube que a cerimónia não é sempre igual e que há dias melhores do que outros e que está relacionado com o facto da rainha estar presente ou não.
Ainda a cerimónia não tinha terminado e já estávamos de saída. Atravessámos uns portões magníficos que se encontram na lateral do palácio e seguimos pela Constitution Hill, em direção ao Wellington Arch (Arco do Triunfo Londrino). Passámos por baixo deste arco e seguimos para a entrada do Hyde Park, um parque extremamente grande, com cerca de 138 hectares. Dada a sua dimensão, não pretendíamos embrenhar-mo-nos muito no seu interior pelo que virámos na 1ª estrada de terra à esquerda, sem ser a ciclovia e seguimos lateralmente pelo parque.
Continuámos ao longo do Hyde Park passando pelaPrincess Diana Memorial Fountain, uma fonte de granito em formato oval que foi construído em homenagem à falecida Princesa Diana.
Um pouco antes da Fonte, encontra-se um café onde se pode comer qualquer coisa, mas não nos apeteceu nada e mais tarde arrependemo-nos pois acabámos por almoçar/lanchar muito tarde por não haver mais nenhum café/restaurante nesta zona.
Daqui seguimos em direção ao Albert Memorial e ao Royal Albert Hall, que ficam relativamente perto da Fonte.
O Albert Memorial, também conhecido como Prince Consort National Memorial é uma extravagância gótica da era vitoriana, mandado construir pela Rainha Victoria em homenagem ao seu marido, o Príncipe Albert que morreu em 1861 de febre tifóide. Bem no centro deste memorial, encontra-se a estátua do Príncipe Albert segurando um livro chamado de “The Great Exhibition”.
Já o Royal Albert Hall, é uma sala de espetáculos redonda, com capacidade para mais de 8000 pessoas e onde se realiza o Cirque du Soleil.
Demos uma volta em torno do Royal Albert Hall para admirarmos as várias conservatórias de musica que se encontram em seu redor e depois dirigimo-nos para os Jardins de Kensington. Nestes jardins encontra-se o Palácio de Kensington e o Restaurante Orangery. Neste palácio é possível ver uma exposição de vestidos reais de cerimónia, usados por princesas e rainhas desde o séc. XVIII.
Foi neste palácio que nasceu a Rainha Victoria em 1819 e supostamente quando ela herdasse a coroa, iria tornar este palácio na residência oficial em Londres, porém ela preferiu o Palácio de Buckingham e desde então que este tem sido a residência oficial dos Reis e Rainhas do Reino Unido em Londres.
Daqui seguimos para Notting Hill e no caminho aproveitámos para almoçar/lanchar. Notting Hill é um bairro moderno e sofisticado, muito diferente do resto de Londres. Nota-se que as casas são muito bem cuidadas e que há uma atenção enorme pela imagem das mesmas. Relativamente perto fica o Mercado de Portobello, onde se realiza uma das mais famosas feiras de rua do mundo.
Depois de passearmos um pouco por esta zona, apanhámos o metro e saímos em Oxford Street, uma das principais vias de compras da cidade, onde predominam lojas muito conhecidas. Nesta enorme rua, aproveitámos para fazer algumas compras e experimentar os cookies londrinos e terminámos a noite novamente em Leicester Square.
Em baixo segue o mapa referente ao percurso deste dia bastante longo.
A - Big Ben e Houses of Parliament
B - St. Margaret’s Church
C - Jewel Tower
D - Abadia de Westminster
E - St. James Park
F - Buckingham Palace
G - Wellington Arch
H - Fountain Memorial Diana
I - Albert Memorial
J - Royal Albert Hall
K - Kensington Palace
L - Noting Hill
M - Oxford Street
Terceiro dia
Acordámos bem cedo e apanhámos o metro para a Catedral de São Paulo. Esta catedral está localizada na zona City de Londres relativamente perto da Fleet Street, uma rua muito conhecida por ser sede de vários jornais nacionais. Esta catedral é um dos locais mais visitados em Londres pela sua arquitetura grandiosa e por ter sido inspirada na Basílica de S. Pedro em Roma. Foi aqui que se realizou o casamento do príncipe Charles e Diana e é uma autêntica obra prima.
Daqui seguimos para a Ponte Millennium e atravessámos o rio. Esta ponte foi inaugurada em 2000 e é uma ponte suspensa para pedestres com uma característica muito curiosa, pois muitos casais apaixonados prendem cadeados a ela para representar o seu amor.
Do outro lado do rio encontra-se o Museu Tate Modern, um museu de arte moderna muito bom, que tem sempre exposições gratuitas e muito interessantes. Este museu ocupa as instalações de uma antiga usina eléctrica desativada e é considerado o melhor museu de arte moderna e contemporânea do mundo.
Antes de entrarmos no museu fomos ao Bankside Pier comprar o bilhete diário para andar no ferry. Como íamos fazer pelo menos 3 viagens de ferry, compensou-nos comprar o bilhete diário (River Roamer) por £13.60. Consultámos os horários e vimos que ainda tínhamos cerca de 30 minutos antes de chegar o próximo ferry e por isso fomos visitar o museu.
Como é um museu de arte moderna e nós não somos muito entendidos no assunto, também não perdemos muito tempo a visitar o museu, até porque não tinha nenhuma exposição que valesse muito a pena. O que vale mesmo a pena é ir ao último andar do museu de onde é possível ter uma bela vista de toda a área financeira de Londres, conhecida como City.
Saímos do museu e dirigimo-nos para o Bankside Pier. Mesmo ao lado do museu e em frente ao pier encontra-se o Shakespeare’s Globe, um dos mais famosos teatros de Londres.
Quando chegámos ao pier o ferry já tinha chegado e tivemos muita sorte, porque vinha relativamente cheio e estava muita gente na fila à nossa frente. Como o grupo que estava mesmo à nossa frente era composto por 6 pessoas e só haviam 4 lugares disponíveis e nós éramos 4, entrámos e os outros tiveram de esperar mais 45min. pelo próximo ferry. Apanhámos o ferry em direção a “eastbound” e saímos perto da Torre de Londres no Tower Millenium Pier.
O trajeto de barco dura menos de 10min. e no caminho, vê-se o HMS Belfast (um navio da II Guerra que hoje é um museu) e a Câmara de Londres, um prédio com uma forma esquisita que mais parece um capacete gigante.
Quando chegámos à Torre de Londres, a fila para entrar era enorme, pelo que vale a pena tentar comprar os bilhetes antecipadamente. Como não estava nos planos visitar por dentro, apenas demos uma volta a esta zona e depois atravessámos a ponte para o outro lado.
Todo este complexo localiza-se numa fortaleza de 7 hectares situado na beira do rio Tamisa. Primeiro, Guilherme I mandou construir a Torre Branca em 1078, uma torre com 30 m de altura e que é o ex-libris de todo o complexo. Mais tarde todo o complexo foi ampliado por outros reis. Já foi prisão, arsenal da cidade, guarda joias da coroa e também a Real Casa da Moeda.
Numa visita rápida, é possível ver, as pedras preciosas que compõem as joias da coroa, visitar a torre branca, a decoração luxuosa do Palácio Medieval, a porta dos Traidores totalmente em carvalho e ferro, etc.
É possível também encontrar alguns corvos que habitam a Torre de Londres e que são protegidos por decreto real, pois existe uma lenda que diz que quando os corvos abandonarem a Torre de Londres, cairá todo o complexo assim como a monarquia e todo o Reino.
Mesmo ao lado deste complexo encontram-se as Docas de St. Katharine uma zona residencial onde se encontra uma pequena marina para barcos de luxo e que é interessante dar uma vista de olhos.
Do outro lado do rio encontra-se outra zona habitacional designada de Butlers Wharf, com ótimos restaurantes com vista para o rio e com pequenos canais entre os edifícios. Decidimos almoçar deste lado do rio e acabámos por encontrar um restaurante de portugueses.
Depois de almoçar regressámos ao Tower Millenium Pier para apanhar o ferry em direção a eastbound. Depois de cerca de 20 minutos de viagem saímos em Greenwich, um local repleto de vários pontos de interesse, pelo que há quem diga que se deve passar aqui o dia inteiro, mas nós só reservamos a tarde para esta visita.
Junto ao Greenwich Pier encontra-se logo o Old Royal Naval College, onde se encontra uma lindíssima sala de jantar barroca – Painted Hall, e uma Capela também muito bonita.
Por trás do Old Royal Naval College encontra-se a Universidade de Greenwich e o National Maritime Museum, um dos mais importantes museus de Londres, que mostra a história marinha de Londres. Localiza-se nos famosos jardins reais de Greenwich e é considerado Património Mundial da UNESCO.
Este museu abriga a maior coleção de arte marinha no mundo, além de reunir a história de mais de 500 anos de convivência entre o povo britânico e o mar. Não visitámos este museu mas entrámos em algumas salas da universidade e inclusive numa capela muito bonita onde estava a decorrer uma aula de canto.
Já estava a ficar de noite e o caminho para o Royal Observatory é feito pelos jardins cheios de árvores e com muito pouca luz, pelo que não achei muito seguro fazer este percurso à noite. Por outro lado, quando chegámos ao cimo do monte, o facto de já estar de noite tornou tudo muito mais bonito, pois só à noite é que se consegue ver uma luz verde (laser) que marca a longitude 0° (divisão entre os hemisférios ocidental e oriental). Além disso, as vistas que se têm sobre a City of London, toda iluminada são de cortar a respiração. Ficámos bastante tempo a apreciar as vistas e a tirar fotos e quando viemos embora já eram quase 7 da tarde, não era muito tarde mas já estava muito escuro.
Quando descemos o monte e estávamos quase a chegar à universidade, apanhámos um grande susto, pois os portões que davam acesso a esta zona, estavam fechados a cadeado e a toda a volta existia um gradeamento e não se via ninguém para nos abrir o portão. Acabámos por decidir saltar por cima dos portões que não eram muito altos e eram fáceis de trepar. Calculo que seja uma situação muito comum, pois junto ao observatório ainda tinham ficado algumas pessoas e ninguém tinha ido avisar que tínhamos de sair.
Voltámos ao pier e apanhámos o ferry para Enbankment. Andámos um pouco a pé e rapidamente estávamos em Leicester Square onde acabámos por jantar num dos muitos pubs que existem nesta zona.
Mapa referente a este dia:
A - Saint Paul’s Church
B - Millennium Bridge
C - Tate Modern
D - Shakespeare’s Globe Theatre
E - Bankside Pier
F - Hms Belfast
G - Câmara de Londres (City Hall)
H - London Tower
I - Butlers Wharf
Quarto dia
Começámos o dia no British Museum, um museu gratuito e que só abre às 10h. Este é um dos museus mais visitado da cidade, pois detém uma das principais coleções de antiguidades do mundo. Como é muito extenso, é fácil perder-se muito tempo a visitá-lo, por isso olhámos para o mapa e decidimos quais eram os sítios onde queríamos ir para não nos perdermos com outras coisas.
Como era domingo o museu estava mesmo apinhado de gente, mas como chegámos cedo ainda conseguimos visitar bastante. Após cerca de 2 horas de visita, apanhámos o metro e saímos em Baker Street, relativamente perto do The Regent’s Park, um parque real, grande, bonito e agradável, que abriga cerca de 9 palacetes, entre eles a Winfield House, residência oficial do embaixador norte-americano. Neste parque também se encontra o London Zoo, o Jardim das Rosas da rainha Maria e o Open Air Theatre, um teatro ao ar livre.
A norte do parque fica uma zona muito conhecida, Primrose Hill, uma zona rica, cheia de mansões milionárias. É aqui que residem alguns famosos como o ator Jude Law, a modelo Kate Moss, o escritor Martin Amis e o cantor Enrique Iglesias. Não chegámos a visitar o parque pois tínhamos horas marcadas para visitar o Madame Tussaud’s e ainda queríamos almoçar.
Relativamente perto da estação Baker Street, encontra-se o Museu Sherlock Holmes, um museu muito engraçado. Mesmo ao lado encontra-se a loja do Sherlok Holmes e uma loja dos Beatles, que valem a pena a visita.
The Sherlock Holmes Museum
Depois de almoçarmos pela zona, dirigimo-nos para a entrada do Museu Madame Tussauds. Como já tínhamos os bilhetes comprados previamente pela net, dirigimo-nos para uma fila mais rápida onde apenas tínhamos de trocar os bilhetes temporários pelos definitivos. (É muito importante não esquecer de levar o cartão de crédito com o qual se compraram os bilhetes, pois sem o cartão eles não dão os bilhetes).
O museu é enorme e é impossível visitá-lo em pouco tempo pois temos de seguir os corredores que estão apinhados de gente. Entrámos às 15h e já passava das 18h quando saímos do museu. Deduzo que de manhã tenha menos gente pois os bilhetes são mais caros.
Além do tradicional circuito de bonecos de cera, há mais algumas atrações, entre elas o Cinema Marvel Super Heroes 4D, que exibe um filme em 4D dos super-heróis (um filme em 3D com vento, água, tremor de terra, etc.). Dura apenas 15 minutos mas é engraçado.
Também é possível fazer um passeio por Londres antigo (O The Spirit of London), que consiste em andar num “táxi” e fazer um percurso de alguns minutos passando por momentos marcantes da história de Londres, principalmente pelo Grande Incêndio em 1666 que começou numa padaria e que destruiu a Catedral de St. Paul, 87 igrejas e cerca de 13.200 casas. Apesar da cidade de Londres ter sido reconstruída, não foi modernizada, sendo apenas reconstruída consoante os moldes e estilos medievais.
Também visitámos as Catacumbas (Chamber of Horror) que são bastante engraçadas mas muito pequenas. Foi aqui que descobrimos que o museu foi construído em homenagem a Madame Tussaud’s, uma senhora que morreu numa casa em Baker Street e que teve um passado terrível. Bem cedo, revelou ter aptidões para modelar cera e por isso foi forçada a fazer moldes das cabeças das vítimas da guilhotina, muitas das quais ela conhecia pessoalmente.
Depois de sairmos do museu apanhámos o metro para Oxford Circus e depois para Tottenham Road, para assistirmos ao Espetáculo Musical “We Will Rock You” no Dominion Theatre. Como só começava às 19:30 aproveitamos para lanchar primeiro. Por norma não gosto nada de musicais, mas adorei este espetáculo.
No final do espetáculo passámos por Soho e por Chinatown que ficam muito próximo de Leicester Square. Chinatown é um autêntico pedaço da China na capital inglesa, com restaurantes, padarias e lojas tradicionais da cultura oriental. Soho é uma zona que no fim do séc. XX era muito famosa pelos sex shops, discos, clubs, casas de striptease, bares gay, etc. Atualmente ainda se conserva muito do que era mas agora há muitos restaurantes sofisticados misturados com muitos bares gays.
Quinto dia
Apanhámos o metro e saímos em South Kensington, onde se encontram 3 dos maiores museus da cidade (Natural History Museum, Science Museum e o** Victoria and Albert Museum**). Todos muito interessantes, interativos e gratuitos. Como os três museus são enormes, é possível ficar horas em cada um deles, por isso decidimos visitá-los por ordem de importância.
O Natural History Museum abriga coleções relacionadas com as ciências da vida e da Terra. Tem mais de 70 milhões de espécies ou itens catalogados. É um museu enorme e as áreas mais importante são: a área dedicada aos dinossauros, a bela coleção de mamíferos, a biologia humana e a galeria dedicada aos terramotos, com direito a uma simulação real onde o chão treme. Optámos por guardar o melhor para o fim (a exposição dos dinossauros) e visitar o resto primeiro, mas arrependemo-nos porque como tínhamos chegado cedo, tínhamos conseguido visitar logo a exposição, mas como esperámos para o fim, apanhámos uma fila enorme e perdemos imenso tempo à espera.
O Science Museum, localiza-se mesmo ao lado e tem mais de 30 mil itens, que representam marcos importantes da historia industrial, conquistas tecnológicas, obras de arte e objetos históricos, tais como a primeira lâmpada e o primeiro motor a vapor. Além disso ainda tem várias galerias que abordam assuntos como o espaço, atmosfera, agricultura, telecomunicações, computação, matemática e energia. O museu conta ainda com um cinema IMAX 3D no seu interior.
O Victoria & Albert Museum foi considerado o principal museu nacional da Grã Bretanha de arte e design. Possui a melhor coleção de arte decorativa do mundo, com mais de 4,5 milhões de objetos espalhados em 13 km de galerias e corredores abordando 5 mil anos de história da arte. Acabámos por não visitar este museu, não só porque já era tarde, mas também porque não faz muito o nosso género.
Depois de sairmos desta zona seguimos a pé pela Brompton Road até chegar a Harrods, talvez a mais famosa loja de departamentos do mundo, localizada nos números 87-135 da mesma rua. Vale a pena visitar este local pela grandiosidade e pelo luxo da loja, que conta com mais de 330 departamentos espalhados em 90.000m2 num edifício que ocupa um quarteirão inteiro. O nome Harrods está associado ao luxo, ao chique e a produtos caros, mas nem tudo é caro e vale a pena visitar mesmo que não se queira comprar nada. A passagem pela Food Hall (zona de alimentação) é obrigatória, bem como pela fantástica e luxuosa Escadaria Egípcia.
Terminámos esse dia em casa de uns amigos que estão a morar em Brentwood.
Sexto dia
Estávamos bastante cansados de tanto andar ao longo destes dias, mas ainda nos faltava um sítio para visitar: King’s Cross St. Pancras Station, a maior estação metropolitana de Londres, com 4 linhas diferentes e uma das estações mais usadas. Ao lado da estação de metro encontra-se a estações de comboios mais importantes do Reino Unido e também uma das mais bonitas. King Cross é também a estação que aparece nos livros do Harry Potter, principalmente a parede que representa a mágica Plataforma 9 3/4 que leva os alunos para a escola Hogwarts.
Regressámos ao hostel e a Portugal, terminando assim umas férias fantásticas mas muito cansativas.