Norte de Itália

Itália é um dos países mais bonitos do Mundo, rico em cultura e história. Com tantas cidades para visitar e apenas 6 dias tivemos de optar por algumas. Acabámos por decidir visitar: Milão, Florença, Pisa, Siena e Bolonha. Veneza e Roma ficariam para uma próxima vez.

A nossa ideia inicial passava por fazermos a viagem de avião até Milão, visitar a cidade por um/dois dias, seguirmos de comboio para Bolonha, onde alugaríamos um carro, seguirmos para Florença de carro, visitar a cidade durante alguns dias e aproveitar para visitar Pisa e Siena durante esses dias. No penúltimo dia faríamos a viagem de volta para Bolonha, visitaríamos a cidade e regressaríamos ao Porto de avião. Parece estranho alugarmos o carro apenas em Bolonha e não em Milão, mas era a opção mais barata, porque como a entrega do carro não seria no local original acrescia uma taxa muito alta.

Primeiro Dia – Milão

Chegámos a Bergamo, a 45km de Milão, por volta das 10h da manhã e depois apanhámos o autocarro que faz ligação entre o aeroporto e a Estação Central de Comboios de Milão, por 5€. Optámos por ficar num hostel junto à Estação Central de Comboios para agilizar as viagens.

Depois de petiscarmos qualquer coisinha num café local, apanhámos o metro (linha verde) em frente à Estação Central e saímos em Lanza. Virámos no sentido contrário ao Castelo de Sforzesco e continuámos pela linha do elétrico até encontrarmos à esquerda uma viela muito pequenina chamada Via Fiori Chiari.

Esta rua pertence ao Bairro Brera, um bairro bastante antigo, mas um dos mais caros da cidade, bastante procurado pelos seus bares, restaurantes e lojas.

O objectivo era almoçar neste bairro, mas como ainda era cedo e não tínhamos fome, decidimos continuar o nosso roteiro e voltar mais tarde.
Percorremos a Via Fiori Chiari até chegarmos ao cruzamento com a Via Brera, onde se encontra o Bar Brera, um bar histórico e famoso. Do outro lado da rua encontra-se o Pinacoteca di Brera, o maior museu da cidade com obras de Caravaggio, Mantegna, Raffaello, etc.. Como estava fechado decidimos continuar a pé ao longo da Via Brera e cerca de 15min depois chegámos à Piazza della Scala.

Nesta pequena praça encontra-se o Palácio Marinho e o Teatro Alla Scala, um dos teatros de ópera mais famosos do mundo. Segundo li, este teatro é lindíssimo por dentro, mas muito difícil de visitar sem ser durante um espetáculo.

Numa das extremidades da praça encontra-se a entrada para a Galleria Vittorio Emanuele II, também designada de ‘Il Salotto di Milano’ (sala de estar dos Milaneses). Com o seu ar chique e repleto de hotéis, lojas de luxo e restaurantes é uma passagem obrigatória. Foi construído no final do sec. 19 para funcionar como um corredor coberto que ligasse a Piazza del Duomo à Piazza della Scala.

Galeria Emanuele II
Galleria V. Emanuele II

Atravessámos a galeria e seguimos para a Piazza del Duomo, uma praça enorme, onde se encontra a imponente Catedral de Milão, considerada a terceira maior catedral do mundo, depois da Basílica de São Pedro no Vaticano e da Catedral de Sevilha.

Esta enorme Catedral possui 135 agulhas, cada uma com uma estátua. É um autêntico museu ao ar livre, mas infelizmente com muitos vendedores de rua que chateiam imenso.

Nesta grande praça ainda é possível ver o Monumento Equestre a Vittorio Emanuele II, o Museu del Novecento (museu de arte contemporânea) e o Palazzo Reale.

Catedral de Madrid
Catedral de Madrid

Aproveitámos para visitar a Catedral e a Cúpula. É possível subir à Cúpula de elevador ou pelas escadas. São 300 degraus ao todo, que penso valerem a pena pelas vistas.

Para visitar a Catedral é preciso seguir algumas regras no que diz respeito à roupa: as mulheres não podem entrar com os joelhos e ombros à mostra e os homens não podem entrar de chinelos (acho que também não podem entrar com calções curtos). Mesmo à entrada existem vários vendedores com uns lenços muito feios e caros para quem é apanhado de surpresa. Como já sabíamos destas regras, levei um lenço e uma saia comprida e fininha dentro da carteira. Como as temperaturas rondavam os 35º era impensável usar calças ou camisolas mais tapadas, por isso, tanto o lenço como a saia acompanharam-me durante quase todas as minhas férias, caso contrário não conseguia visitar praticamente nenhuma igreja (como veio a acontecer em Bolonha, por esquecimento).

Já dentro da Catedral é possível vislumbrar no chão, junto à entrada, uma linha meridiana de cobre, com os signos do zodíaco e que representa um calendário solar colocado na catedral no final do século 18. Supostamente, no teto da nave direita, é possível ver um minúsculo furo por onde entra a luz do sol ao meio-dia, marcando no chão o período do ano. Na altura esquecemo-nos de confirmar.

No seu interior ainda é possível apreciar os lindíssimos vitrais que contam histórias de santos, a cripta de São Carlos por baixo do altar e centenas de estátuas, das quais se destaca a Estátua de São Bartolomeu Apóstolo, que carrega a sua própria pele nos braços.

Também é possível visitar os subterrâneos, onde se encontram os restos arqueológicos da basílica romana de Santa Tecla e do Batistério. O nosso bilhete não permitia aceder aos mesmos por isso saímos da Catedral e dirigimo-nos para as escadas para subir ao telhado. A subida custou um bocadinho por causa do calor abrasador, mas as vistas compensaram.

Do telhado vê-se perfeitamente a Madonnina, uma enorme estátua de bronze e ouro que brilha sobre a cidade e que se encontra na agulha maior da Catedral.

Como já tínhamos fome, decidimos regressar ao Bairro Brera para almoçar uns paninis no famoso Bar Brera. Depois voltámos para trás para experimentar os gelados deliciosos da gelataria Grom, localizada na mesma rua do Teatro Alla Scala.
De seguida seguimos para o Bairro Naviglio, a Veneza de Milão, mas em vez de apanharmos o metro para a Estação Porta Genova, optámos por fazer uma longa caminhada ao longo de Corso Genova.

Bairro Naviglio
Bairro Naviglio

O Bairro Naviglio é um bairro milanês bastante popular e que ainda preserva alguns dos antigos canais de Milão. É um dos pontos mais movimentados da cidade principalmente ao início da noite por causa da tradição do Aperitivo. Esta tradição consiste essencialmente nas pessoas depois de um dia de trabalho juntarem-se num bar, pedirem apenas bebidas e terem direito a um buffet variado com massas, pizzas, tostas, pão, etc..

Não sei se foi a melhor opção, mas optámos por “jantar” no Spiritz Navigli que parecia oferecer um buffet mais variado do que os outros.

No final da noite apanhámos o metro na Estação Porta Genova e regressámos ao hostel.

Milão - Dia 1
Milão – Dia 1

Segundo Dia – Milão

Apanhámos a linha vermelha e saímos em Cairoli. Mesmo em frente encontra-se o Castello Sforzesco, que abriga vários museus municipais, sendo o mais importante o Museu de Arte Antiga onde se encontra uma sala pintada por Leonardo Da Vinci e a Pietà Ronadini de Michelangelo.

Atravessámos este lindíssimo Castelo e fomos dar ao Parque Sempione, um antigo bosque de caça da família ducal nos tempos áureos do castelo. Aproveitámos para apreciar a natureza e caminhar ao longo do parque até à Piazza Sempione onde se encontra o Arco della Pace.

Castello Sforzesco e Parque Sempione
Castello Sforzesco e Parque Sempione

A partir da Piazza Sempione, seguimos em direção à Arena Cívica e depois para norte em direção à Piazza XXV April onde se encontra a Porta Garibaldi e a loja Eataly Millano.

Eataly é um shopping característico de Itália e por isso demos uma vista de olhos nos produtos que eles vendem e aproveitámos para almoçar. Depois de sairmos do shopping seguimos pela Corso Como e uns metros mais à frente entrámos na 10 Corso Como, um mini-shopping chic, criado em 1991 e que vale a pena entrar apenas para ver a esplanada do restaurante/café.

Continuámos pela mesma rua e chegámos à Piazza Gae Aulenti, uma praça bastante recente onde se encontra a Torre Pelli, um arranha-céus que é ponto de referência na cidade.

Entretanto apanhámos o metro e regressámos ao hotel para relaxar um pouco, preparar as malas e fazer o check out.

Milão - Dia 2

Milão – Dia 2

No final do dia, apanhámos o comboio na Estação Central de Milão e saímos na Estação Central de Bolonha. Depois apanhámos o shuttle para o aeroporto onde iríamos buscar um carro previamente alugado. Quando chegámos à Agência de aluguer de carros deparamo-nos com um grande problema pois não tínhamos connosco o cartão de crédito e sem ele não podemos alugar o carro.

Como estávamos em Bolonha e ainda tínhamos de fazer a viagem para Florença, tivemos de pensar noutras alternativas e decidimos fazer o resto da viagem de comboio. O último comboio partiria em pouco menos de 30 minutos e nós estávamos no aeroporto de Bolonha. Apanhámos um táxi de volta para a Estação Central de Bolonha e no caminho comprámos pela net os bilhetes de comboio para Florença.

Foi uma corrida contra o tempo mas conseguimos apanhar o comboio a horas e como tínhamos comprado umas sandes à tarde no Eataly, aproveitámos a viagem para jantar.

Quando chegámos a Florença já era um pouco tarde, mas ainda conseguimos apanhar o autocarro que passava perto do hostel.

Como era suposto chegarmos a Florença de carro e existem regras muito apertadas para o estacionamento e circulação de carros nas cidades de Itália, escolhemos um hostel um pouco mais afastado do centro, localizado em Ferrucci, a cerca de 15 min a pé da Piazza di Santa Croce. Como não conseguimos alugar carro, a vantagem de ficar num hostel mais afastado do centro com parque de estacionamento, acabou por não trazer vantagem nenhuma. Todos os dias tínhamos de caminhar imenso, mas não era nada de outro mundo.

Já no hostel, ponderámos as nossas férias e como ficámos impossibilitados de alugar carro, decidimos não visitar Siena e ir a Pisa de comboio. Aproveitámos e comprámos os bilhetes de comboio pela net.

Terceiro Dia – Florença

Depois de um bom pequeno almoço, seguimos a pé para o centro de Florença. Começámos por atravessar a Ponte San Niccolò e caminhámos ao longo da marginal do rio até à Biblioteca Nacional de Florença.
Mesmo por trás da Biblioteca encontra-se a Piazza Santa Croce com a fantástica Basilica di Santa Croce, a principal igreja franciscana de Florença onde se encontram enterradas figuras ilustres como Michelângelo, Galileo Galilei, Rossini, etc.. É também apelidada de Panteão das Glórias Italianas.

Basilica di Santa Croce
Basilica di Santa Croce

Depois de umas quantas fotos, atravessámos a praça e prosseguimos pela Borgo dei Greci em direção à Piazza della Signoria onde se encontra o Palazzo Vecchio e a famosa Fontana del Nettuno.

O Palazzo Vecchio é um dos símbolos de Florência e por isso todo este local está completamente apinhado de turistas. Como normalmente o palácio fecha às quintas-feiras de tarde, a afluência de turistas é muito menor nesse dia, mesmo durante a manhã. Assim, acaba por ser o dia ideal para o visitar.

No seu interior encontram-se vários pátios e salões muito bonitos. O Salone dei Cinquecento é um dos salões mais conhecidos pela sua magnificência e conteúdo histórico, pois foi nele que ocorreu uma das mais importantes disputas artísticas da história entre Leonardo da Vinci e Miguel Ângelo. Os 2 foram convocados a pintar uma sala na mesma altura e sendo eles rivais, ambos queriam ter a melhor obra, no entanto o resultado artístico final ficou aquém do esperado. O fresco de Leonardo é uma obra bastante delicada devido a uma técnica experimental utilizada, já a obra de Miguel Ângelo não chegou a ser terminada. Existem alguns desenhos preparatórios da obra final e relatos da época que contam como decorreu a "batalha" entre eles.

Palazzo Vecchio
Palazzo Vecchio

O palácio é um autêntico museu, tanto no interior como no exterior. Na sua fachada principal destacam-se as estátuas de Marzocco e as réplicas em Bronze de Judith e Holofernes, obras-primas de Donatello. Mesmo à frente encontra-se uma cópia do David de Miguel Ângelo que guarda o edifício desde 1504 e que representa a inteligência e força das instituições municipais.

Por cima da porta principal também se encontra um ornamento em mármore com dois leões em bronze, um monograma de Cristo e uma frase em latim a dizer “Rex Regum et Dominus Dominantium” (Rei dos Reis e Senhor dos Senhores).
No topo do palácio destaca-se a Torre di Arnolfo com 95m de altura e onde encontram 3 sinos: o sino do meio-dia, o sino dos dobrados (o maior) e o Martinella, o mais famoso e extremamente valioso, cuja função é chamar os cidadãos para as assembleias.

Do Palazzo Vecchio, começámos a descer em direção ao rio atravessando a Galeria degli Uffizi. No caminho, mesmo ao lado do Palácio conseguimos ver uma uma parte do Corridoio Vasariano, um caminho particular que ligava o Palácio Vechio ao Palácio Pitti, passando por cima das casas da Ponte Vecchio.

Depois de atravessarmos a Galeria degli Uffizi chegámos à margem do rio e seguimos para a famosa Ponte Vecchio, completamente apinhada de turistas e vendedores.

Ponte Vecchio
Ponte Vecchio

Atravessámos a ponte e seguimos pela mesma rua em direção ao Pitti Palace, um enorme palácio Renascentista onde viveu Napoleão Bonaparte. Atualmente este palácio funciona como um grande museu composto por vários museus: Aposentos Reais, Galeria de Arte Moderna, Galeria Palatina, Museu da Prata, Museu da Porcelana, Galeria do Traje e o Museu das Carruagens. Por trás encontram-se os famosos e lindíssimos Jardins Boboli.

Depois de consultarmos a bilheteira decidimos não visitar o museu. Apenas pretendíamos visitar os Jardins, mas tal não era possível sem comprar bilhete para visitar os outros museus. Para visitar tudo perderíamos a tarde toda e não era esse o nosso objetivo.

Voltámos para trás pela mesma rua e junto à Ponte Vecchio apanhámos a rua Borgo S. Jacopo. Um pouco mais à frente, mesmo em frente à Torri del Belfredelli, vimos uma varanda de onde se conseguimos tirar fotos magníficas à Ponte Vecchio.

Continuámos pela mesma via até chegarmos à Ponte Santa Trinitá. Atravessamo-la e seguimos em direção à Piazza e Basília di Santa Maria Novella, uma igreja gótica muito bonita e considerada património Mundial pela UNESCO. Foi a primeira grande basílica de Florença e a principal Igreja Dominicana da cidade. Mesmo por trás encontra-se a principal estação ferroviária de Florença.

Piazza e Basilica di Santa Maria Novella
Piazza e Basilica di Santa Maria Novella

Depois de um almoço tardio num dos restaurantes existentes nesta praça, prosseguimos para a Piazza del Duomo onde se encontra a Catedral di Santa Maria del Fiore, que demorou 6 séculos a ser construída e que é apelidada de Catedral de Florença.

Catedral di Santa Maria del Fiore
Catedral di Santa Maria del Fiore

Depois de sairmos da Catedral, continuámos a divagar pelas ruas de Florença, passando na Piazza del Repubblica e no Mercato Nuovo.

No final do dia fomos jantar ao All’Antico Vinaio, em Via dei Neri perto do Palazzo Vecchio, onde se encontram as melhores sandes de Florença acompanhadas de Chianti (self service até às 22h).

All’Antico Vinaio
All’Antico Vinaio
All’Antico Vinaio

Florença - Dia 1
Florença – Dia 1

Quarto Dia – Pisa e Florença

Pisa

Acordámos bem cedo e seguimos para a Estação Ferroviária Santa Maria Novella para apanharmos o comboio para Pisa. Já em Pisa tivemos de fazer uma caminhada de cerca de 2km até à famosa Piazza Dei Miracoli (Praça dos Milagres).

Nesta praça encontra-se a famosa Torre de Pisa, a Catedral de Pisa, o Baptistery e o cemitério. A quantidade de turistas neste local é impressionante.

Torre de Pisa
Torre de Pisa

Depois de tirarmos as fotos da praxe fomos almoçar num dos muitos restaurantes que se encontram junto à Torre de Pizza e depois divagámos um pouco pelas ruas de Pizza. Para além da Piazza dei Miracoli, esta cidade não parece ter muito mais para oferecer por isso regressámos a Florença.

Florença

Depois de cerca de uma hora de comboio, chegámos à estação de Santa Maria Novelle em Florença. Continuámos a pé até à Ponte Vecchio, atravessámos a ponte e seguimos pela Via dei Bardi. No nº 31 desta via encontra-se a gelataria Cantina del Gelato famosa pelos gelados artesanais e deliciosos e que não podíamos deixar de experimentar.

Continuámos o nosso passeio sempre pela margem do rio e virámos à direita na Piazza Nicola Demidoff em direção à Piazzale Michelangelo. No caminho passámos pela por uma escadaria que dá acesso ao Giardino delle Rose (Jardim das Rosas), um pequeno paraíso escondido em Florença onde se encontram cerca de 350 tipos de rosas e que normalmente só abre ao público na primavera.

Depois do jardim das rosas encontra-se a Piazzale Michelangelo, uma enorme praça que serve de estacionamento a centenas de carros e que em si não é nada de especial, mas é de onde se tem a vista mais bonita de Florença.

Entretanto descemos pela escadaria Rampe del Poggi que dá acesso à Piazza Giuseppe Poggi e regressámos ao hostel.

À noite voltámos ao centro de Florença para ir jantar à La Prosciutteria, que fica na mesma rua do All’Antico Vinaio e que é famoso pelas tábuas com delícias típicas locais, como queijos, enchidos, etc.

La Prosciutteria
La Prosciutteria

Florença - Dia 2
Florença – Dia 2

Quinto Dia – Bolonha

Fizemos o check out e seguimos para o centro de Florença. Como o nosso comboio para Bolonha partiria por volta da hora de almoço decidimos passar primeiro no All’Antico Vinaio e comprar umas sandes para a viagem.

Depois de cerca de uma hora de viagem chegámos à estação de comboios de Bolonha, apanhámos o autocarro e saímos numa das mais famosas praças de Bologna, a Piazza Giuseppe Verdi onde se encontra o Teatro Comunale di Bologna Fondazione e que fica relativamente perto do Hotel Albergo Rossini 1936, onde ficámos hospedados.

Bolonha não é uma cidade muito conhecida nem muito procurada pelos turistas, mas é uma cidade fantástica e o facto de não ter tantos turistas ainda a torna mais especial. É uma cidade muito estudantil que se transforma completamente à noite.
É em Bolonha que se encontra a universidade mais antiga da Europa, a sua gastronomia é extremamente conhecida e a arquitetura dos edifícios também é muito característica (telhados de terracota vermelha). Todos os edifícios parecem museus ao ar livre e são ornamentadas com arcos (centenas de arcos).
O centro da cidade é redondo e praticamente concentra-se tudo numa área de 3km.

Depois do check-in voltámos à Piazza Giuseppe Verdi e virámos à esquerda para a Via Zamboni. No caminho passámos pela Igreja San Giacomo Maggiore, com alguns frescos na parte exterior, já bastante degradados.

Um pouco mais à frente chegámos às Due Torri (Torre degli Asinelli e Torre Garisenda). Estas 2 torres são das poucas que ainda resistem em relativo bom estado de conservação. Há uns séculos atrás, Bolonha era conhecida por ter centenas de torres, no entanto, com o passar dos anos muitas ruíram e outras foram reduzidas por razões de segurança.

A torre Asinelli é a mais alta, com 98m de altura e cerca de 500 degraus e que pode ser visitada por 3€. A Garisenda, é a mais baixa (48m) e como está bastante torta não pode ser visitada. Os 500 degraus não são fáceis de subir, mas as vistas valem bem a pena, pois Bolonha é uma cidade lindíssima.

Due Torri em Bolonha
Due Torri

Panorâmica das Due Torri
Panorâmica das Due Torri

Deixando as torres para trás, seguimos pela grande avenida mesmo em frente (Via Francesco Rizzoli) em direção à Piazza Maggiore, uma praça gigantesca.
Nesta praça e nas praças adjuntas existem diversos palácios e museus: Palazzo Re Enzo, Palazzo del Capitano del Popolo, Palazzo del Podestà, Palazzo dei Bianchi, Biblioteca SalaBorsa, Palazzo D’Accursio (Palácio da Comuna), Palazzo dei Notai, Basílica de San Petrónio (uma das maiores igrejas do Mundo). Alguns destes palácios parecem um só porque estão juntos.

Além dos palácios é neste local que se encontra a famosa Fontana di Nettuno, uma enorme fonte de bronze de Giambologna, datada do século 16. Segundo se consta, quando estava praticamente pronta, o cardeal da cidade pediu para Giambologna reduzir o tamanho do pênis da estátua. Ele acabou por diminuir o tamanho, mas se virmos a fonte de um determinado ângulo, o dedo da mão esquerda de Neptuno causa a ilusão de que a estátua está tendo uma ereção. Dizem que foi uma partida de Giambologna.

O ex-libris da Piazza Maggiore é a Basilica di San Petronio, uma das maiores igrejas do Mundo, com capacidade para abrigar cerca de 28 mil pessoas. No seu interior existem imensas pinturas e é por causa de um afresco que representa o inferno de Dante Alghieri e Maomé sendo devorado por demónios, que já sofreu algumas tentativas de ataques terroristas, mas sempre sem sucesso.

Basilica di San Petronio
Basilica di San Petronio

Infelizmente não conseguimos visitar esta igreja porque me esqueci de levar um lenço e não me deixaram entrar.

Continuámos o nosso passeio e passámos por baixo do Palazzo dei Bianchi em direção à Via Clavature. Mesmo por trás deste palácio encontra-se o Santuário de Santa Maria della Vita, conhecida como a igreja dos escravos e que vale uma pequena visita.

Saímos da igreja e continuámos a caminhar pela Via Clavature até chegarmos a uma rua muito estreitinha (Via Sampieri). Continuámos por mais umas ruelas e chegámos à Basilica Santuario Santo Stefano (Santa Jerusalém de Bolonha), que se encontra numa enorme praça.

Esta Basílica Santuário foi crescendo ao longo dos séculos chegando mesmo a ser constituído por 7 igrejas e um sepulcro. Entretanto sofreu algumas alterações e neste momento apenas existem 4 igrejas. A entrada é gratuita e merece ser visitada, pelo valor histórico dos seus claustros e igrejas. Além disso é conhecido como a Jerusalém de Bolonha, porque tem características similares ao Santo Sepulcro.

Basilica Santuario Santo Stefano
Basílica Santuário Santo Stefano

Entretanto continuámos pelas ruas de Bolonha sem grande destino e passámos por La Piccola Venezia, a pequena Veneza de Bolonha. Na Via Piella é possível ver o único canal que ainda existe em Bolonha.

Entretanto começou a anoitecer e sendo uma cidade com imensos universitários, o centro histórico de Bolonha transformou-se completamente durante a noite. Junto à Piazza Maggiore as ruas ficaram apinhadas de gente e as várias tasquinhas serviam diversas iguarias.

Quando regressámos ao hostel verificámos que a Piazza San Giacomo Maggiore também estava repleta de estudantes. Escusado será dizer que nos deitámos bastante tarde nessa noite.

Bolonha - Dia 1
Bolonha – Dia 1

Sexto Dia (último dia)

Como era dia de feira fomos até à Piazza VIII Agosto, uma praça enorme repleta de tendas e de pessoas.
Depois continuámos a passear pelas várias ruelas de Bolonha e fomos ter à Piazza Maggiore. Era impressionante a quantidade de pequenas mercearias, talhos, peixarias, floristas, etc. que ocupavam as ruas em torno da praça. Na véspera à noite toda esta zona estava repleta de bares e tascas e imensa gente a conviver e a petiscar.
É como se estivéssemos em 2 cidades completamente diferentes, mas ambas magníficas.

Adorámos Bolonha e tivemos pena de ter ficado apenas uma noite. Tenho a certeza que vamos voltar!


Mapa de Milão

Mapa de Florença

Mapa de Pisa

Mapa de Bolonha